DNA e 3 gerações a serviço da telecomunicação

Grupo Avanzi reúne quase 1 século de história e tradição na vanguarda da telecomunicação brasileira

O ferroviário pioneiro Antonio Paulo Bonomi, 94 anos, tio de Dary Bonomi Avanzi – fundador do Grupo Avanzi -, recebeu uma grande homenagem na velha estação de trem de Botucatu, na quinta-feira (18) da semana passada.

Nas festividades que marcaram o início da restauração do local, Bonomi foi surpreendido pelos organizadores do evento ao deparar com a reprodução de sua imagem em tamanho natural, feita a partir de uma foto antiga, no momento em que foi apresentado como símbolo dos antigos ferroviários que dedicaram décadas de sua vida à Estrada de Ferro Sorocabana.

Filho de imigrantes Italianos, Antonio Paulo Bonomi foi combatente na Segunda Guerra Mundial e radiotelegrafista da Sorocabana, entre outras atividades ao longo de sua vida, como a presidência da Ferroviária botucatuense.

Alcançou o topo da carreira como ferroviário ao ocupar a função de Despachador de Trens – um dos postos mais altos e de maior responsabilidade na operação do sistema ferroviário.

Em mais de 30 anos de serviço e com uma carreira repleta de promoções, Bonomi se orgulha de não ter faltado sequer um dia ao trabalho (com exceção de uma licença que o afastou para tratamento médico).

Em duas ocasiões, ao intervir com precisão cirúrgica e mudar a direção das composições, Tio Bonomi – como é chamado pelos sobrinhos – evitou dois acidentes gravíssimos, impedindo o choque de trens e salvando vidas que corriam risco.

Tornou-se personagem heroico ao demonstrar perspicácia e maestria no comando do sistema ferroviário e recebeu elogios por escrito da cúpula da ferrovia, documentos que guarda com carinho até hoje.

Inspirado pelo exemplo de Tio Bonomi, Dary Bonomi Avanzi – ainda adolescente – se encantou com a radiotelegrafia e com a ferrovia, que revolucionaram o mundo no início do século XX, do mesmo modo que a internet viria fazer um século depois.

Naquele tempo, por onde os trilhos abriam caminho, seguia junto o telégrafo com fio (precursor da telefonia fixa), levando informação e conectando as cidades ao longo do traçado da ferrovia. Com a ajuda de seu tio e professor, Dary Bonomi Avanzi ingressou na ferrovia aos 14 anos. A partir dali, deu início a uma vitoriosa carreira em empresas multinacionais e entidades governamentais.

Aposentado, mas inquieto e cheio de ideias, fundou as empresas do Grupo Avanzi, nas quais trabalha até hoje com seus filhos Dane Avanzi e Alexandre Avanzi, auxiliados por um time nota 10 formado por dedicados colaboradores e parceiros.

Esse é o DNA do Grupo Avanzi: um século de história e conhecimento transmitidos ao longo de 3 gerações. Nossa história se confunde com a história das telecomunicações, a respeito da qual ainda escreveremos muitos capítulos, com a ajuda de Deus e de nossos clientes e parceiros.

Estrada de ferro sorocabana: papel decisivo na logística do processo de industrialização brasileiro.

Estrada de ferro sorocabana: papel decisivo na logística do processo de industrialização brasileiro.

O papel histórico da ferrovia

A ferrovia teve um papel decisivo na logística do processo de industrialização, iniciado com Revolução Industrial em 1750. Tal fato, ocorrido em âmbito mundial, revolucionou a comunicação à distância e implementou uma logística capaz de escoar a produção em larga escala e em grande velocidade.

Antes, tudo era transportado em pequenas quantidades no lombo de mulas – aqui no Brasil, pelos tropeiros.

Além do aspecto econômico, a ferrovia teve também um papel destacado no desenvolvimento social e urbano das cidades brasileiras. Nos países avançados, até hoje a ferrovia desempenha papel importante no transporte de cargas e de passageiros, merecendo especial atenção das autoridades que regulamentam e planejam os transportes nos Estados Unidos e Europa.

Infelizmente no Brasil, a ferrovia – que é parte da história nacional – encontra-se mal planejada e subdimensionada em favor de meios de transportes mais caros, como o rodoviário e o aéreo. Relegada a um segundo plano, a memória ferroviária nacional ainda tem seus combatentes e sobreviventes.

E um grande exemplo é Tio Bonomi, membro militante da ONG – Ferroviária de Botucatu, que em parceria com a prefeitura municipal da cidade deu início a um projeto de recuperação do que resta do patrimônio histórico da estação ferroviária local.